Um relatório encomendado pela William and Flora Hewlett Foundation sobre o impacto econômico da redução das emissões de gases de efeito estufa nega a opinião comum de que medidas regulatórias rígidas são prejudiciais ao crescimento.
O estudo, que envolveu uma equipe de economistas de Stanford e do Departamento de Meio Ambiente do Estado de São Paulo (Brasil), mostra que no caso da Califórnia e de São Paulo (respectivamente 20ª e 39ª fontes das emissões de GEE do planeta), as medidas restritivas têm permitido gerar benefícios globais consideráveis, nomeadamente através de medidas de eficiência energética.
Durante o período 1975-2003, os ganhos são avaliados em 56 bilhões na Califórnia e em cerca de 12 bilhões em São Paulo (1980-2003).
O estudo de Stanford, que se destaca como o primeiro estudo em grande escala do impacto econômico da limitação das emissões de gases de efeito estufa, fornece uma justificativa para a política seguida pelo governador da Califórnia, Arnold Schwarzenegger, que visa uma redução de 80% nas emissões até 2050 em comparação com a referência de 1990.
Editor: Philippe Jamet, philippe.jamet@diplomatie.gouv.fr
Fonte: Estudo de Stanford