Um guia para distinguir rótulos reais e falsos
Cerca de sessenta rótulos ou pictogramas decifrados e avaliados quanto à sua confiabilidade, é o que oferece o guia de rótulos e consumo responsável, produzido pela equipe do site “mescoursespourlaplanete.com”, com o apoio da Ademe. Ajuda bem-vinda ao consumidor, que se sente cada vez mais atraído por produtos responsáveis, mas também tem se tornado cada vez mais desconfiado.
Verde, comércio justo, rótulos responsáveis, logotipos e pictogramas...o consumidor mais envolvido em compras sustentáveis fica na dúvida! E se vários estudos apontam para uma procura crescente destes produtos, a transição para o ato de compra dificilmente é facilitada pela proliferação de rótulos, oficiais ou não, que têm surgido nos últimos anos. No geral, esta profusão torna-se contraproducente e contribui em grande parte para desacreditar estas abordagens, sejam elas fiáveis ou não. Supostamente para permitir ao consumidor identificar rapidamente os produtos, acabam criando, no mínimo, confusão. 15% da população demonstra mesmo grande desconfiança e “não acredita” nos rótulos, enquanto um em cada dois franceses está bem ciente da “fraude de rótulos” cometida em determinados produtos.
“Nesta área, há por um lado aqueles que concordam em jogar o jogo da transparência, e que têm a sua abordagem verificada por um órgão independente, e os outros, que se contentam com autodeclarações”, comenta Christine Cros, chefe do departamento de consumo sustentável da Ademe. Com base nesta observação, a agência optou por apoiar dois rótulos, o “NF” e o “Rótulo Ecológico Europeu”, rótulos emblemáticos para “puxar todo o mercado” para abordagens mais exigentes. No entanto, do lado empresarial e da marca, permanecem vários obstáculos: as grandes marcas, cuja estratégia procura acima de tudo diferenciar-se dos seus concorrentes, não querem um rótulo coletivo. “As marcas temem perder a sua identidade e imagem”, observa Christine Cros. Devemos esperar que eles consigam cumprir os rótulos se os consumidores confirmarem esta tendência no mercado.”
Suite e fonte: http://www.novethic.fr/novethic/planete ... 122350.jsp
Coincidência? No mesmo gênero, uma reportagem especial de correspondente transmitida ontem à noite:
Quanto valem os rótulos?
Um relatório de Lauren Klein e Jean-Charles Doria
AOP (Denominação de Origem Protegida), IGP (Indicação Geográfica Protegida), Produtos Agrícolas ou mesmo Sabor do Ano: estes logótipos, claramente visíveis nas embalagens, devem garantir a qualidade ou origem dos produtos alimentares. De acordo com uma pesquisa, mais de um em cada dois franceses afirma confiar neles. Porém, por trás dessas menções às vezes há surpresas. Ao lado de rótulos rigorosamente regulamentados pelo Estado, os consumidores encontram nomes que mais parecem argumentos publicitários. Devemos confiar num azeite que contenha as palavras “Origem Provença”? O que o logotipo “Sabor do Ano” recompensa? O presunto Bayonne provém necessariamente da agricultura do País Basco? Enquanto muitos consumidores se perdem na selva dos rótulos, investigue esses rótulos.
Pode estar disponível para transmissão nos próximos dias: http://envoye-special.france2.fr/index- ... rique=1247