O aquecimento global: um limiar de não cruzar

A temperatura média do globo não deve subir além de 2 ° C mais do que antes da revolução industrial (ou seja, 1750), recomenda um think tank internacional sobre o aquecimento global. Além deste ponto, os danos causados ​​pelo aquecimento global tornam-se catastróficos, explica o relatório elaborado por três grandes think tanks: The Institute for Public Policy Research (Grã-Bretanha), The Center for American Progress (EUA) e The Australian Institute.

Além de um aumento de 2 ° C na temperatura global, as perdas agrícolas, o risco de escassez de água e danos irreversíveis aos ecossistemas aumentam significativamente, estima o ICCT (International Climate Change Taskforce), que se baseia em dados da UNFCCC, o grupo de estudos do clima das Nações Unidas. Neste estágio, as camadas de gelo do oeste da Antártica e da Groenlândia correm o risco de derreter, pois as florestas não são mais sumidouros de carbono, mas fontes de CO2.

Não ultrapassar uma elevação de 2 ° C deve ser o novo objetivo dos líderes do planeta, recomenda o ICCT.
Concretamente, isso equivale a manter a concentração de CO2 na atmosfera em 400 ppm. Sabendo que já atinge 379 ppm, o limite crítico não está longe.

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O relatório do ICCT é dirigido aos governos, que devem "reconhecer que as mudanças climáticas são, a longo prazo, a questão mais importante que o planeta enfrenta", segundo o ex-ministro britânico Stephen Byers, co-líder do grupo. Este texto será oficialmente tornado público amanhã, quando a Grã-Bretanha assumir a liderança do G8 e da União Europeia. Tony Blair fez do clima uma de suas prioridades.

Entre as 10 recomendações do relatório está também:
- criar um G8 alargado, incluindo os países em desenvolvimento, dedicado à luta contra o aquecimento global;
- aumentar para 25% a quota de eletricidade produzida a partir de energias renováveis;
- estabelecer um plano de ação global para o pós 2012 incluindo todos os países do planeta.

Cecile Dumas (24/01/05)

http://sciences.nouvelobs.com/

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