PARIS - Duas das seis refinarias francesas da Total estão fechadas e outras três estão em “fase de parada”. Esta situação resulta da greve lançada pela CGT e pela CFDT para denunciar a abolição do feriado da Segunda-Feira de Pentecostes na empresa.
O grupo petrolífero, maior refinador europeu, porém garantiu que não haveria, "a médio prazo", problemas de abastecimento dos 5626 postos (incluindo cerca de 2000 sob a marca Elan) que tem na França. O Ministério da Indústria, por sua vez, disse quinta-feira que não havia "risco de escassez no curto prazo".
Esta, entretanto, não é a opinião de Charles Foulard, delegado sindical central da CGT. Com base nas informações recolhidas no terreno, garante-nos que “alguns depósitos estão a viver as suas últimas horas”. Ele até suspeita que a multinacional está se valendo das reservas estratégicas da França.
Ele disse que ainda não houve retomada do diálogo com a alta administração. “O pré-requisito” para qualquer suspensão do movimento era “a retirada da aplicação da lei no dia da solidariedade”, acrescentou. “Os funcionários estão mais determinados do que nunca, eles irão até o fim. "
A greve ocorre poucos dias depois da assembleia geral de acionistas da Total, que aprovou as contas de 2004 marcadas por um lucro líquido recorde de 9,61 bilhões de euros e durante a qual Thierry Desmarest, chefe do grupo, reafirmou seu compromisso com o diálogo social.
Fonte: SDA-ATS www.Swissinfo.org