As cidades megalópole 2025

36 2025 em megacidades

Palavras-chave: cidades, população, futura urbanização, megalópole, ambiente

Hoje, metade da população da Terra vive em megalópoles e, em 2050, serão dois terços da população mundial. Essa é a alarmante avaliação feita por especialistas em urbanização sobre a expansão de cidades gigantes, durante o forum mundo urbano organizado pela UN-Habitat, que
recentemente realizada em Barcelona.

Uma tendência aparentemente irreversível

Pode-se designar como megalópole qualquer cidade com população de mais de 8 milhões de habitantes. Segundo essa definição, escolhida pela UNESCO, eram 23 em 1995 e seriam 36 em 2015. Até essa data, ainda de acordo com a UNESCO, seu número não variará em
países industrializados. Será no entanto de 17 30 para as regiões menos desenvolvidas.

Para o geógrafo Olivier Dollfus, essas megalópoles são de dois tipos muito diferentes, dependendo de pertencerem ou não ao que ele chama de AMM (Arquipélago Megalopolita Mundial), um conjunto de grandes cidades que contribuem para o rumo do mundo e são um forte símbolo da globalização. As megalópoles não são mais descritas apenas por seu número de habitantes, mas pelas funções que desempenham e sua influência no resto do mundo. Por exemplo, 90% das transações financeiras globais são feitas em um número limitado de megalópoles em países desenvolvidos.

Leia também:  Fluxos de óleo 1998 na 2004

Megacidades e ambiente

Não é por acaso que certos termos que designam habitats precários estão associados às maiores metrópoles em países pobres. Entre as mais conhecidas na França, podemos citar “favela”, que veio do Brasil, ou “favela”, palavra que surgiu em Casablanca na década de 20. O percentual de moradias criadas nas megalópoles é estimado entre 20% e 30%. e que pertencem à “construção informal” *.

É principalmente nesse tipo de habitat que vivem 2,5 bilhões de humanos que não têm acesso a uma rede de purificação de água. E o impacto de grandes concentrações urbanas na poluição da água geralmente pode ser medido bem além de seus limites, especialmente a jusante dos rios que os cruzam.

Leia também:  Pico Petrolífero

A qualidade do ar é outra questão importante para as condições de vida nas megalópoles. A poluição nem sempre atinge as alturas que se teme, mas suas repercussões costumam ser muito amplas. Os poluentes gerados nas grandes cidades tendem a viajar e se espalhar por grandes distâncias, dependendo dos movimentos da atmosfera. Uma rede de monitoramento do ar nas megalópoles foi criada em 1974, sob o impulso da OMS (Organização Mundial da Saúde) e do PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente). Permite verificar que os preocupantes limiares para a saúde pública são frequentemente ultrapassados.

* Fonte: Habitat II das Nações Unidas, Istambul, 1996

Philippe Dorison

Lista de megacidades em 2025
Em milhões de habitantes

TÓQUIO - 28,9
BOMBAY - 26,3
LAGOS - 24,6
SAO POLO - 20,3
DACCA - 19,5
KARACHI - 19,4
MÉXICO - 19,2
SHANGAI - 18,0
NOVA YORK - 17,6
CALCUTTA - 17,3
DEHLI - 16,9
BEIJING - 15,6
MANILA - 14,7
CAIRO - 14,4
LOS ANGELES - 14,2
BUENOS AIRES - 13,9
DJAKARTA - 13,9
TIANJIN - 13,5
SEUL - 13,0
ISTAMBUL - 12,3
RIO DE JANEIRO - 11,9
HANGZOU - 11,4
OSAKA - 10,6
HYDERABAD - 10,5
TEHRAN - 10,3
LAHORE - 10
BANGKOK - 9,8
PARIS - 9,7
KINSHASA - 9,4
LIMA - 9,4
MOSCOU - 9,3
MADRAS - 9,1
CHANGCHUN - 8,9
BOGOTÁ - 8,4
HARBIN - 8,1
BANGALORE - 8,0

Leia também:  Poluição: conseqüências do efeito estufa

Deixe um comentário

Seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios estão marcados com *